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Dividendos em 2026: disciplina e eficiência

Autor deste artigo
Renato Eid Tucci
Renato Eid Tucci

Renato Eid Tucci atua no mercado financeiro desde 1998. É sócio e Portfolio Manager da Itaú Asset Management. É membro da Câmara de Equities da B3 e conselheiro da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec).

O investidor brasileiro entra em 2026 com um novo desafio: entender como o novo imposto sobre a renda da Bolsa muda o jogo. Num ambiente de volatilidade global, juros em queda e mudanças tributárias, a busca por eficiência, conveniência e consistência se torna central. Nesse contexto, os ETFs de dividendos (como DIVO11 e DIVD11) ganham relevância — não apenas como fonte de renda, mas como uma forma inteligente de permanecer exposto à renda variável com simplicidade e foco no longo prazo.

O novo imposto cria um incentivo adicional à eficiência. Enquanto investidores individuais precisarão lidar com apuração, recolhimento e ajustes fiscais de seus dividendos, quem investe via ETF de dividendos conta com um modelo em que a própria estrutura do fundo faz a gestão dos proventos.

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Qual a importância disso para você?

Isso reduz fricção operacional, simplifica a vida do investidor e garante que o dinheiro continue trabalhando, mês após mês. A conveniência está em três pilares claros.

O primeiro é a curadoria: o ETF seleciona as empresas com histórico consistente de pagamento, evitando aquelas que distribuem muito em um ano e nada no seguinte.

O segundo é a diversificação: em vez de montar uma carteira extensa de ações e acompanhar dezenas de balanços, o investidor compra, em um único ativo, uma cesta de companhias sólidas e lucrativas.

O terceiro é o fluxo previsível de renda: enquanto as ações pagam dividendos em datas diferentes, um ETF de dividendos oferece pagamentos mensais — criando uma experiência mais estável e programada.

O índice IDIV, é um exemplo claro desse conceito em prática. O índice foi aprimorado em 2018 para refletir melhor o universo de empresas que de fato remuneram o acionista, ponderando as ações pelo dividend yield e limitando a exposição por empresa.

Uma estratégia consistente ao longo do tempo

Como vemos no gráfico abaixo, o ETF DIVO11 mostra resiliência frente ao Ibovespa e, em várias janelas, supera até índices de renda fixa. Seu histórico revela retornos médios de cerca de 8% ao ano só em dividendos, além do ganho de valorização das cotas. É o efeito composto em ação: dividendos que viram mais cotas, que geram novos dividendos — um ciclo virtuoso que recompensa o investidor paciente.

Dividendos como estratégia de seleção de ações

Performance consistente em Renda variável local

Performance Acumulada

Fonte: BM&FBovespa & Itaú Asset Management, data: Outubro, 2025

(1) Os índices citados são mera referência econômica

(2) O Ibovespa +4,4% a.a. se refere a performance atualizada do DIVO11

Mais do que números, essa mecânica traz dois efeitos comportamentais poderosos: disciplina e eficiência. O reinvestimento automático elimina o viés de esperar “o momento certo” e evita o custo de ficar parado em caixa. Em vez de tentar adivinhar o topo ou o fundo do mercado, o investidor se beneficia do tempo no mercado, não do timing perfeito.

Como se posicionar em 2026

Em um cenário de incerteza e tributação mais complexa, o ETF de dividendos representa simplicidade com inteligência. Ele oferece renda recorrente, diversificação automática e eficiência fiscal — sem abrir mão do potencial de valorização. Em outras palavras: enquanto o noticiário muda, o relógio trabalha a favor de quem está investido. E é exatamente isso que o DIVO11 simboliza — um motor de renda que se recicla em capital, mês após mês, ano após ano.

Acesse o site ITNOW para saber mais sobre os ETFs da Itaú Asset: www.itnow.com.br

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